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Há dez anos o Fórum Social Mundial foi pensado para discutir a possibilidade de um outro mundo e, por tabela, os desafios da esquerda diante das novas realidades econômicas e políticas. Mas também foi a criação de um movimento para fazer contraponto ao Fórum Econômico de Davos na Suíça.
Naquela oportunidade foi agendado um encontro, via satélite, entre representantes de Porto Alegre e Davos. Ficou evidente para quem estava na capital gaúcha que a reunião foi para inglês e todos os incautos sonhadores verem. Nada de prático, conversa fiada. Mas o pessoal do bem não gostou nada do que o pessoal do mal da Europa estava fazendo e dizendo. Aliás, para a turma que estava às margens do Guaíba o pessoal de Davos personificava o demônio. Em Davos reuniam-se a elite conservadora e reacionária. Milionários que só pensam em cifras. Porto Alegre era um coração que pulsava em nome dos oprimidos.
Em 2003 houve uma grande polêmica. Lula, após passar em Porto Alegre deveria ir ou não ao fórum dos ricaços na Europa? No antro do capitalismo mundial. Alguns influentes pensadores queriam que Lula não fosse – um trabalhador não deveria frequentar as rodas e banquetes da burguesia – outros achavam que Lula deveria ir e dizer “poucas e boas” para os detentores do poderio econômico. Instaurada a polêmica, pouco adiantou a farta argumentação dos fervorosos e acalorados debatedores em uma quentíssima Porto Alegre de janeiro, pois o aclamado presidente foi a Davos. Não disse as poucas e boas, não da maneira que desejavam os exaltados participantes da esquerda do FSM.
Os tempos mudam. Lula virou “o cara” e transita com a maior desenvoltura pelos mais variados salões da elite mundial. Numa mesma semana Lula pode levantar os braços entre Chávez e Evo e apertar a mão de Obama.
O Fórum Econômico Mundial ofertou a Lula o prêmio de Estadista Global. Talvez seja possível instaurarmos mais uma polêmica, pois é de polêmica que vivemos e, assim, teremos motivos para mais uns efusivos e intermináveis debates. Lula deve ou não receber essa comenda? Os multimilionários, os desnaturados e diabólicos representantes dos endinheirados do planeta não estariam cooptando nosso presidente. Esses mimos não fazem parte de uma estratégia de cooptação?
Afinal, Lula deve ou não receber a comenda de lúcifer?
Há dez anos o Fórum Social Mundial foi pensado para discutir a possibilidade de um outro mundo e, por tabela, os desafios da esquerda diante das novas realidades econômicas e políticas. Mas também foi a criação de um movimento para fazer contraponto ao Fórum Econômico de Davos na Suíça.
Naquela oportunidade foi agendado um encontro, via satélite, entre representantes de Porto Alegre e Davos. Ficou evidente para quem estava na capital gaúcha que a reunião foi para inglês e todos os incautos sonhadores verem. Nada de prático, conversa fiada. Mas o pessoal do bem não gostou nada do que o pessoal do mal da Europa estava fazendo e dizendo. Aliás, para a turma que estava às margens do Guaíba o pessoal de Davos personificava o demônio. Em Davos reuniam-se a elite conservadora e reacionária. Milionários que só pensam em cifras. Porto Alegre era um coração que pulsava em nome dos oprimidos.
Em 2003 houve uma grande polêmica. Lula, após passar em Porto Alegre deveria ir ou não ao fórum dos ricaços na Europa? No antro do capitalismo mundial. Alguns influentes pensadores queriam que Lula não fosse – um trabalhador não deveria frequentar as rodas e banquetes da burguesia – outros achavam que Lula deveria ir e dizer “poucas e boas” para os detentores do poderio econômico. Instaurada a polêmica, pouco adiantou a farta argumentação dos fervorosos e acalorados debatedores em uma quentíssima Porto Alegre de janeiro, pois o aclamado presidente foi a Davos. Não disse as poucas e boas, não da maneira que desejavam os exaltados participantes da esquerda do FSM.
Os tempos mudam. Lula virou “o cara” e transita com a maior desenvoltura pelos mais variados salões da elite mundial. Numa mesma semana Lula pode levantar os braços entre Chávez e Evo e apertar a mão de Obama.
O Fórum Econômico Mundial ofertou a Lula o prêmio de Estadista Global. Talvez seja possível instaurarmos mais uma polêmica, pois é de polêmica que vivemos e, assim, teremos motivos para mais uns efusivos e intermináveis debates. Lula deve ou não receber essa comenda? Os multimilionários, os desnaturados e diabólicos representantes dos endinheirados do planeta não estariam cooptando nosso presidente. Esses mimos não fazem parte de uma estratégia de cooptação?
Afinal, Lula deve ou não receber a comenda de lúcifer?